Pensei que fosse durar a vida toda, mas não sabia que a minha vida seria tão curta.
O amor que dediquei a ti, talvez, tenha sido até hoje, dentre todos o mais sincero, mais bonito e verdadeiro.
Amor que busquei dentro de minhas qualidades, e afoguei todos teus defeitos.
Como flor no começo do outono, ele secou, murchou e ali está o que sobrou. Algumas folhas que ainda insistem em desafiar o vento e planar com formosura. Folhas secas que um dia trouxeram alegria, agora voam brincando com a saudade. Dando voltas e piruetas em torno do que agora só machuca por não ser mais algo presente.
Bailando pela brisa que agitava seus cabelos, poeira que com o vento fazia seus olhos fecharem. Cerrados para proteger a alma pura que carregava.
Agora as folhas caem, o frio começa a chegar. O coração que antes era de brasa eterna, agora se aquece pela compaixão.
Vi você saindo da minha vida, a porta se fechando sem nem me dar um adeus plausível. Fiquei ali com os olhos de uma criança, esperando que a porta se abrisse e você voltasse dizendo que era uma brincadeira. Mas o tempo passou e como um cachorro fiel, depois de muito esperar, o cansaço bateu, mas com grande amor, não me afastei. Deitei sobre os meus braços e com os olhos vermelhos cheguei a soluçar.
Se as tuas palavras saíram com facilidade da tua boca, entraram com grande dificuldade pelos meus ouvidos e como punhal em meu coração. Dilacerando tudo o que eu chamava de felicidade, e quando olhei pra mim... Uma cidade vazia, com portas e janelas penduradas. Flores mortas e eco de dores que você deixou. Só o que restou vivo foi um pequeno abraço, aquele que foi pequeno e dado quase sem vontade, com raiva talvez, mas que foi importante e ficou guardado no fundo do coração e cravado na alma, de forma que pra onde eu vá, nunca sentirei medo, nem frio, pois teus braços me envolvem desde aquele momento, para toda a eternidade.
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