sexta-feira, 8 de maio de 2009

Avesso

As pessoas deveriam nascer do avesso,
quem sabe assim, o interior teria algum valor.
O avesso do avesso tem sempre um mais bunito
Um que é sempre o mais reparado.
Quem disse que o avesso do avesso não era importante,
foi por que não viveu nesse instante.
Na questão do que somos por dentro
Não condiz com a cabeça do que nos veem por fora
Os olhos que nos vem por fora,
não veem o que nossos olhos veem por dentro.
Ultrapassar barreiras, sonhos e pensamentos,
Instantes em que estamos dentro, fora, onde você mora.
Olhe para cima, olhe para baixo, olhe para os lados,
veja todos os avessos do avesso
e agora olhe para dentro e veja como é o seu avesso, avesso, avesso...
Talvez um outro eu que desconheço,
Perdido entre o fim e o começo.
Conhecendo tanto avesso,
passa o tempo e não me envaideço.

Poeira

Tão simples querer algo.
Saber dizer e impor vontades.
Bater asas da realidade
e chegar ao instante chamado sonho.
Se abduzir em multidões.
Fechar-se em um momento.
Sentir-se único, só.
E como poeira ir longe.
Sem ser notado.
Estar entre todos.
Estar ignorado.
Fazer-se notável, enquanto lhe sobra necessidade.
A quarta perna de uma estrutura,
que fácil e torna um tripé.
Então cair, sair, livrar-se.
Viver por si, sustentar-te.
Aprender a assoviar sua própria canção.
Uma melodia que ninguém entende a letra,
e só você irá sorrir quando tocar.

Nossa Dança

Dias e noite procurando respostas
Atrás de soluções que eu não pude entender.
Sonhos, anseios e velhas prospostas
Lançadas ao vento antes do amanhecer.
Vontade de ir onde eu não alcanço.
Pequenos mistérios que eu ainda vou resolver.
Espero que daqui pra frente
Você entenda que não há nada entre nós.
Que os dias passam e as nossas mentes
Se espandem além do coração.
Eu não quero mais olhar você assim.
Não quero ver lágrimas no seu rosto.
Quero saber que está feliz,
Mesmo longe de mim.
Espaços vazios nos permitem dançar,
Nas lembranças do que a gente viveu.
Mas como toda dança, nossa história teve um fim.
Agora vamos lá, procurar outro parceiro pra dançar.
Mas tenha certeza que a nossa música,
Só nós saberemos cantar.

sábado, 2 de maio de 2009

Lembrar. Esquecer

Lembrar, esquecer.
Parceiros fiéis.
Para aqueles que só querem esquecer,
Só se faz lembrar.
Para o que peleja em lembrar,
Só se consegue esquecer.
Lembranças que trazem sorrisos.
Lembranças que se partem em choro.
Um esquecer aqui, um lembrar ali.
Um dia que passou, um momento que restou.
Fragmentos de sentimentos brincando de esconde-esconde.
Procura, procura, porém, não se sabe onde.
Só se sabe que aparece quando já se cansou,
E volta tudo o que passou.
Lembrar, sorrir, chorar, esquecer.
Lados de uma moeda incapaz de pagar por aquele momento.
O que se quer esquecer, o que finger tentar.
O que talvez nunca deixe de lembrar.