Acho um tanto contraditório quando limitamos o amor a uma pessoa e ao mesmo tempo disparamos cargas de dois movimentos do dedo para dar amei em diversas fotos alheias e aleatórias. Tornamos o amor um ato egoísta ao deposita-lo em um único ser.
Porque deixamos em compulsórios momentos a lingua proferir o quanto amamos tantas coisas, e no fundo só pulam da ponta da língua, onde simplesmente escapam sem nenhum propósito. O amor é mais que o que dizemos. O amor é o que passamos, o que sentimos. O amor é bilateral, multilateral, é somatório, é divisório.
Um único amor não existe em nosso mundo, e nem deve existir. Temos diversos amores, um com cada característica diferente. O que deixa o amor doído é nossa forma de tentar encaixa-lo em lugares errados. Há um forma de cada um existir, seja ela intensa ou não. O amor simplesmente é amor. Não molde ou mistifique o amor, apenas saiba onde qual forma ele deve ser empenhado e terá amor por onde pousar quando voltar do vôo.
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