segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Marcas

São marcas que me tatuam a pele, da qual seus olhos não podem ver.
Apagá-las já tentei, mas são cicatrizes invisíveis.
Estão por toda parte, não as vejo, mas sinto, estão em mim eu sei.
Às vezes só dói, tem dia que queima, arde como o fogo que a criou.
Fogo esse, que já se apagou. Mas seu calor deixou.
Marcas, parecem que vão se rasgar, jogar por ai pedaços de mim.
Deixar ao vento, fazer dançar pedaços de cada história.
Marcas que são páginas rabiscadas, reescritas, desenhadas.
Muitas, amassadas, amareladas pelo tempo. 
Mas todas fazendo relembrar cada momento.
Sou página solta de um livro sem capa. 
Sou história, que podem ler, mas não entender.
Trago sempre o subliminar.
São traços que ao me olhar você jamais verá.
São janelas que só eu abri, e só eu poderei fechar.




>.F.<


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