terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Amigas ou rivais

E foi fácil entender, que o que pintaram de você não era nada.
Simplesmente me passaram uma imagem adulterada.
Pessoa que não era boa, ou até era demais que chegou a fazer mal.
Acredito, na qual , deveria ser minha rival.
Mas eu, não seria, se não fosse conferir.
E eis que houve uma surpresa. 
Não era nada do que falaram, com certeza.
E dali em diante foi impossível não gostar.
Como me fizeram acreditar que era ruim?
Então talvez também eu seja, pois és tão igual a mim.
Sempre quando um diz, o outro completa com: Eu também!
Parece anjo após a oração, que termina com amém.
Amizade assim pode pra longe caminhar.
Ou talvez nem sair do lugar. Vai de nós o ditado mudar.
"Os opostos se a..." Ah! deixa isso pra lá.
Faz tempo que começamos a mudar.
Talvez eu possa ser o anjo e você o capetinha.
E no outro dia a gente inverte.
Só sei q no fim da linha, a gente só se diverte.
A gente se atraiu na igualdade, e com opostos completou.
E na tal rivalidade, a amizade começou.








segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Marcas

São marcas que me tatuam a pele, da qual seus olhos não podem ver.
Apagá-las já tentei, mas são cicatrizes invisíveis.
Estão por toda parte, não as vejo, mas sinto, estão em mim eu sei.
Às vezes só dói, tem dia que queima, arde como o fogo que a criou.
Fogo esse, que já se apagou. Mas seu calor deixou.
Marcas, parecem que vão se rasgar, jogar por ai pedaços de mim.
Deixar ao vento, fazer dançar pedaços de cada história.
Marcas que são páginas rabiscadas, reescritas, desenhadas.
Muitas, amassadas, amareladas pelo tempo. 
Mas todas fazendo relembrar cada momento.
Sou página solta de um livro sem capa. 
Sou história, que podem ler, mas não entender.
Trago sempre o subliminar.
São traços que ao me olhar você jamais verá.
São janelas que só eu abri, e só eu poderei fechar.




>.F.<


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Gosto Amargo do Ciume

Eis que era bom o fingimento. 
Eu acreditava que não ligava, que nem tinha mais sentimento.
E agora cá estou com um nó na garganta.
E vai doer não adianta.
Como soco no estômago, deixa sem reação.
Assim como se pela boca saltasse o coração.
Quem mandou guardar o amor?!
Agora está ai com esse sabor.
O que antes era mel, agora é fel.
Sente o gosto amargo do ciúme?
Deixe-se doer, deixe-se escorrer.
Não há forma de passar se ainda tentar remoer.
Quantas voltas sua cabeça deu?
Quantas vezes seu chão sumiu.
Se ainda quer mentir que não doeu.
Então é melhor fingir que nem viu.